Wega Nery 1977, Óleo Sobre Tela, 60x80cm (medidas internas) Jvs7

Código: DN299XXEC

Wega Nery Gomes Pinto (Corumbá, 10 de março de 1912  Guarujá, 21 de maio de 2007) foi uma artista plástica brasileira.[1]

Quem foi

Wega Nery nasceu em Corumbá (MS), em 1912. Aos 5 anos de idade foi enviada pelos pais para o internato do tradicional Colégio Sion, em São Paulo, onde ficou até os 12 anos. Depois viveu com a família em Campinas e Bauru. Tornou-se professora antes de ser nomeada inspetora federal de ensino. Desenhava desde criança e formou-se na Escola de Belas Artes de SP, em 1949. Em 1950, ganhou a medalha de bronze no Salão Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, e também no Salão de Belas Artes de Santos. Sua primeira individual foi no Masp, em 1955, só com desenhos. Ganhou o prêmio de Melhor Desenhista Nacional na 4ª Bienal de SP, em 1957. Participou do Grupo Guanabara, ao lado de Tomie Ohtake, Manabu Mabe e Arcangelo Ianelli, entre outros. Também fez parte do Grupo Abstração, de Samson Flexor. Na década de 1960, começou a pintar obras abstratas, suas Paisagens Imaginárias, que se tornariam sua marca.

É uma das recordistas de participações em Bienais de SP, com 13 aparições, sendo três Salas Especiais individuais, em 1963, 1973 e 1979, além de duas Salas Especiais coletivas. Na edição XI, em 1971, apresentou 20 obras - 3 desenhos e 17 óleos - na Sala Especial 20 anos de Bienal. Já na XX Bienal, em 1989, esteve presente na sala "Abstração, Efeito Bienal 1954-1963", com a obra Campo de Papoulas.

Além do Brasil, Wega expôs na Argentina, Uruguai, México, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e França.

Tem quadros nos principais museus do país como Masp, MAM-SP, Pinacoteca SP, MAC USP, MAM-RJ, Museu de Arte de Niterói, Museu da Pampulha, MAB-Faap, Museu de Arte de Brasília, entre outros. Possui obras na sede da OEA (Organização dos Estados Americanos), na embaixada do Brasil em Washington, e em coleções particulares e coorporativas como Santander, Itaú, coleção Adolfo Lerner (Museu de Belas Artes de Houston), Senado Federal, Governo do Estado de SP etc.

Sua obra foi tema de dois poemas de Carlos Drummond de Andrade e um de Manoel de Barros.

Wega morreu em 2007, aos 95 anos, no Guarujá, cidade onde construiu sua casa batizada de Ilha Verde

Biografia

Uma das recordistas de participações em Bienais de Arte de São Paulo, com 13 aparições - sendo três com salas especiais (1963, 1973 e 1979) -, Wega foi uma desenhista e pintora brasileira. Nascida em Corumbá (MS), em 1912, era bisneta do Barão de Vila Maria e neta de Joaquim Eugênio Gomes da Silva, conhecido como Nheco, cujo apelido batizou a Nhecolândia, extensa região do Pantanal sul-mato-grossense. Aos 5 anos de idade, foi enviada com uma irmã ao então tradicional Colégio Sion, em São Paulo, onde viveu em regime de internato até os 12 anos. Foi a aluna mais nova daquela instituição de ensino. Depois viveu em Campinas e Bauru, antes de se estabelecer em São Paulo onde casou e teve um filho, Sebastião (Tão) Gomes Pinto (1939-2022), que viria a ser um jornalista de destaque de sua geração.

Pintora Wega Nery (1912-2007) em foto de catálogo da exposição realizada na galeria Subdistrito, em 1986, em São Paulo (crédito: Leonardo Crescenti)
Pintora Wega Nery (1912-2007) em foto da década de 1970 em sua casa, no Guarujá, São Paulo (crédito: Instituto Wega Nery)

Nos anos 1930, tornou-se professora, sendo nomeada inspetora federal de ensino. Simultaneamente, escreveu e publicou poemas na revista O Malho (Parnaso Feminino), como "Vera Nunes". De 1946 a 1949, estudou na Escola de Belas Artes, em São Paulo. Em 1950, ganhou  a medalha de bronze no Salão Nacional de Belas Artes e também no Salão de Belas Artes de Santos. Teve aulas com Theodoro Braga, Joaquim da Rocha Ferreira (1900-1965) e Yoshiya Takaoka (1909-1978), com quem fez parte do Grupo Guanabara (1950-1959), ao lado de Manabu Mabe (1924-1997), Arcângelo Ianelli, Tomie Ohtake, Tikashi Fukushima e Ismênia Coaracy, entre outros. Após período no Grupo Guanabara, aproximou-se do Atelier Abstração, de Samson Flexor (1907-1971), onde produziu pinturas abstratas, de tendência geométrica.

Participou de 13 edições da Bienal Internacional de São Paulo, com destaque para a IV Bienal, de 1957, quando arrebatou o prêmio de Melhor Desenhista Nacional. Além disso, na Bienal de SP teve 3 Salas Especiais individuais, em 1963, 1973 e 1979. Figurou no Salão Para Todos (57) e no VII Salão Paulista de Arte Moderna (Pequena Medalha de Prata). Foi membro do júri de seleção e premiação do IX Salão Paulista de Arte Moderna. Na Bienal de 63, recebeu o prêmio de Aquisição Nacional.

Sua primeira individual, com desenhos, ocorreu no Museu de Arte de São Paulo (Masp), em 1955. Seguiram-se inúmeras exposições individuais e coletivas pelo Brasil afora, além de Argentina, Uruguai, Estados Unidos, México, Alemanha, França e Inglaterra.

Tem obras no acervo dos principais museus do Brasil, como o Museu de Arte de São Paulo (Masp), Museu de Arte Contemporânea (MAC-SP), Pinacoteca de SP, Museu de Arte Brasileira (Faap), Museu de Niterói (RJ), Museu de Arte Moderna (MAM-RJ), Museu de Arte da Pampulha (BH) e Museu de Belas Artes de Houston (coleção Adolpho Leiner), entre outros. Tem quadros na sede da Organização dos Estados Americanos (OEA), nas embaixadas do Brasil em Washington (EUA) e Berlim (Alemanha), na sede do Governo do Estado de SP (Palácio dos Bandeirantes e Campos do Jordão), no acervo do Senado Federal em Brasília, prefeituras e importantes coleções corporativas e particulares.

No início da década de 70, ao lado do companheiro Geraldo Ferraz, crítico de arte e escritor, estabeleceu-se no Guarujá, cidade litorânea de São Paulo, onde construiu uma casa na Praia de Pernambuco. Com projeto do arquiteto modernista ucraniano Gregori Warchavchik (1896-1971), a casa foi batizada de Ilha Verde, em alusão a um dos livros do escritor francês Victor Hugo (1802-1885). É o local onde Wega produziu boa parte de seus trabalhos. A casa inclusive chegou a fazer parte de um roteiro turístico-cultural da Prefeitura de Guarujá na década de 2010.

Sua arte foi tema de artigos de críticos como Sérgio Milliet (1898-1966), Vilém Flusser (1920-1991), Leo Gilson Ribeiro, Jacob Klintowitz, Radha Abramo, Olívio Tavares de Araújo, Alberto Beutenmuller, Mirian de Carvalho e Jorge Anthonio e Silva, entre outros.

Em 1984, realizou retrospectiva no Museu de Arte de São Paulo a convite de Pietro Maria Bardi. Em 1994, o Centro Cultural São Paulo realizou uma retrospectiva em homenagem aos 80 anos da artista.

Em 2022, obras de Wega fizeram parte das exposições Modernos/Pós-22, no Museu da Arte Brasileira, na Faap (SP), e também da mostra Constelação Clarice, sobre a escritora Clarice Linspector, no Instituto Moreira Salles (SP e RJ). Em 2023, esteve presente nas exposições coletivas Mulherio e Abstrações Utópicas, ambas na galeria Danielian, no Rio; e também na exposição Diálogos com Cor e Luz, no MAM-SP.

Wega Nery morreu por falência múltipla dos órgãos, aos 95 anos de idade, em 21/5/2007, no Guarujá (SP). Seu corpo foi cremado e as cinzas, jogadas no mar da Praia de Pernambuco.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Wega_Nery

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