Alfredo Ceschiatti, "Justiça", escultura em bronze, com cache da fundição Zani - assinada 54x21cm
Biografia
Filho de pais
italianos e neto de
gregos,
[2] foi à Itália em 1937, beneficiado pelo governo italiano em promover viagens de filhos de imigrantes ao país. De volta ao país, fixou-se na cidade do Rio de Janeiro onde estudou na
Escola Nacional de Belas Artes. Foi premiado no
Salão Nacional de Belas Artes, em 1945, pelo baixo-relevo do batistério da
Igreja de São Francisco de Assis, em
Belo Horizonte. Conheceu
Oscar Niemeyer, que lhe encomendou uma escultura para o
Conjunto Arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte. Ceschiatti criou
O Abraço, obra de duas mulheres abraçadas. Considerada imoral pelos mineiros, ficou guardada muitos anos até ser finalmente exposta em um jardim da Pampulha. A escultura
Duas Amigas foi feita para o Salão Nobre (jardim superior) do Palácio Itamaraty com orientações do embaixador Wladimir Murtinho, que atuava como curador-chefe no projeto de ambientação do Palácio. O gosto do artista pela figura feminina está presente em várias de suas obras.
[3]
Em 1960 esculpiu, em granito, As Três Forças Armadas, um dos temas no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Rio de Janeiro.[4] Possui obras em diversos museus brasileiros.[1]
Em nova parceria com Niemeyer, tornou-se o principal escultor da nova capital do País em Brasília, entre elas:
- As Iaras, em bronze, no espelho d'água do Palácio da Alvorada;
- Leda e o Cisne, em bronze, no pátio interno do Palácio do Jaburu;
- A Justiça, em granito, em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal;
- Os Anjos e Os Evangelistas, na Catedral Metropolitana de Brasília;
- As gêmeas, em bronze, na cobertura do Palácio Itamaraty;
- Anjo, em bronze dourado na Câmara dos Deputados do Brasil;
- A Contorcionista, no foyer da Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro;
- Deusa Athena, no saguão da Biblioteca Central da Universidade de Brasília;
- Nossa Senhora da Piedade sustentando o Cristo morto, na área fronteira à Basílica da Padroeira de Minas Gerais, em Caeté.
Na nova Capital Federal, fez parte da Comissão Nacional de Belas Artes e foi professor de escultura e desenho na Universidade de Brasília. Demitiu-se depois, em solidariedade aos colegas perseguidos por motivos políticos. Queixou-se, décadas depois, da forma pela qual Brasília tratava suas obras.
Referências